Governo da Bahia realiza consultas com comunidades tradicionais impactadas pela Ponte Salvador-Itaparica

O Governo da Bahia deu início a uma série de encontros com comunidades tradicionais que vivem na área de influência do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), tem como objetivo incorporar as demandas locais ao projeto de construção da ponte e de seus sistemas viários.

As reuniões reúnem moradores, trabalhadores e representantes de religiões de matriz africana dos municípios de Itaparica e Vera Cruz. Durante os encontros, são apresentadas informações detalhadas sobre o traçado das vias, os programas ambientais em andamento e as ações previstas para fomentar o desenvolvimento social e econômico da região.

Esta etapa de escutas faz parte de um conjunto mais amplo de ações voltadas ao diálogo com as populações diretamente impactadas. A preparação das consultas começou em abril, com visitas técnicas e reuniões prévias com lideranças locais.

Além da Sepromi, participam das atividades a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), responsáveis por prestar esclarecimentos técnicos durante as reuniões. Após as apresentações, os participantes são divididos em grupos para oficinas colaborativas, onde registram suas expectativas, preocupações e sugestões.

Segundo Valdicley Vilas Boas, representante da Sepromi, o processo busca assegurar que povos e comunidades tradicionais possam decidir livremente sobre assuntos que afetam seus territórios e modos de vida. “O objetivo é estabelecer um canal respeitoso e intercultural de diálogo entre o Estado e essas comunidades, valorizando seus saberes e formas de organização social”, destacou.

O primeiro encontro foi realizado no dia 16 de junho, no Fórum de Itaparica, com a participação de representantes da comunidade cigana da Praia da Cajá, Rua do Fórum e Vila Cigana. Já no dia 18 de junho, pescadores e marisqueiras de diversas localidades participaram de nova rodada de escutas, na sede da Colônia de Pescadores Z-12.

Na ocasião, Carlos Prates, gerente de Comunicação e Relações Institucionais da Concessionária, reforçou o compromisso de manter a transparência durante todas as etapas do projeto. “Estamos aqui para compartilhar informações, ouvir os anseios dos moradores e construir, junto com a comunidade, programas que realmente façam sentido para a população local”, afirmou.

A agenda de consultas prossegue nas próximas semanas, envolvendo outras comunidades pesqueiras e povos de matriz africana. As escutas fazem parte das exigências do licenciamento ambiental e reafirmam o compromisso do governo estadual e da concessionária com o diálogo permanente e o desenvolvimento responsável da região.

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