O dólar comercial fechou em alta de 0,66% nesta segunda-feira (14), cotado a R$ 5,5842, atingindo o maior patamar desde 5 de junho, quando a moeda norte-americana encerrou o dia em R$ 5,5845. A valorização foi impulsionada pela reação do mercado financeiro à decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto.
Ao longo da tarde, a moeda intensificou sua trajetória de alta, alcançando R$ 5,5937 nos momentos finais de negociação. Operadores do mercado apontam que a movimentação reflete a busca de investidores por posições mais conservadoras, diante da incerteza sobre uma resposta oficial do governo brasileiro ao anúncio feito pelo presidente americano Donald Trump.
No acumulado de julho, o dólar já sobe 2,76%, revertendo parte da queda de 12,07% registrada no primeiro semestre deste ano.
Ibovespa também recua com cenário externo e dados econômicos negativos
O ambiente de instabilidade também contaminou o mercado acionário. O Ibovespa, principal índice da B3, recuou 0,65%, fechando aos 135.298 pontos. O desempenho negativo foi influenciado tanto pelas tensões no comércio internacional quanto pelos números fracos da economia brasileira.
O recuo de 0,7% na atividade econômica em maio, medido pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) — considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) — veio abaixo das expectativas dos analistas e reforçou o sentimento de cautela entre os investidores.