A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) promove, na próxima quarta-feira (20), às 10h, uma reunião na Câmara Municipal de Rio Real, no Nordeste baiano, para marcar o início do processo de reativação da Câmara Setorial da Citricultura. O espaço consultivo terá como objetivo discutir estratégias e soluções para os desafios enfrentados pelo setor no estado.
Segundo o secretário da Agricultura, Pablo Barrozo, a instância deve servir como ponto de articulação diante de problemas que impactam a produção. Entre os fatores citados estão o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre derivados cítricos e os efeitos climáticos adversos registrados nos últimos anos.
As Câmaras Setoriais da agropecuária baiana funcionam como fóruns consultivos vinculados à Seagri, reunindo representantes do poder público, do setor privado e da sociedade civil. As reuniões têm caráter voluntário e participativo, com a finalidade de propor políticas públicas, debater gargalos produtivos e incentivar a competitividade em diferentes segmentos. Atualmente, além da citricultura, existem câmaras voltadas para cadeias como algodão, cacau, café, carne, leite, mandioca, pesca e aquicultura, entre outras.
Produção de cítricos na Bahia
A citricultura baiana está concentrada no Nordeste do estado, tendo Rio Real como principal polo produtor. De acordo com o IBGE, em 2023 a Bahia produziu 610 mil toneladas de laranja, movimentando mais de R$ 400 milhões. A produção de limão alcançou 80 mil toneladas, com destaque para o município de Sapeaçu, no Recôncavo, que liderou o cultivo e gerou cerca de R$ 100 milhões em valor movimentado.