Segundo uma análise publicada na revista The Lancet Psychiatry, apenas 9,1% das pessoas com transtorno depressivo maior (TDM) no mundo recebem o que é considerado “tratamento minimamente adequado” (MAT, na sigla em inglês) — definido como oito sessões de psicoterapia ou um mês de medicação com pelo menos quatro consultas médicas. A disparidade é ainda mais acentuada em países de baixa e média renda, onde a cobertura chega a apenas 1,8%, enquanto em nações de alta renda é de 27%.
O cenário global evidencia graves desigualdades de acesso ao cuidado mental. Além disso, os dados indicam que mulheres têm mais acesso ao tratamento do que homens (10,2% vs. 7,2%) e que jovens abaixo de 20 anos enfrentam ainda maiores obstáculos. Esse panorama reforça a urgência de expandir os serviços de saúde mental e combater o estigma que impede muitos de buscar e receber apoio adequado.
O CVV (Centro de Valorização da Vida), que oferece apoio emocional 24 horas por dia, gratuitamente e com sigilo, disque no telefone 188 ou pelo site cvv.org.br. Procurar ajuda é um passo importante — você não precisa enfrentar isso sozinho.