A Bahia está entre os estados com tendência de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento, referente à semana epidemiológica de 25 a 31 de maio, aponta um crescimento sustentado da doença, sobretudo entre crianças e idosos.
Em Salvador, a situação também inspira atenção. A capital baiana aparece entre as 15 capitais brasileiras com maior risco no momento, com o nível de atividade da SRAG classificado como de alerta e sinais de aumento de longo prazo.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, os principais vírus associados ao avanço da síndrome são a Influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR), além do rinovírus. Entre as crianças de até quatro anos, o VSR é o principal agente causador dos casos graves, seguido pelo rinovírus e pela Influenza A. Já entre os idosos, a Influenza A lidera os registros de internações e óbitos.
Apesar de algumas regiões do país começarem a apresentar sinais de estabilização ou queda nos casos, a Bahia segue com alta circulação viral. “É essencial reforçar a vacinação contra a gripe, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades”, alerta Portella.
O boletim da Fiocruz mostra que 25 das 27 unidades federativas estão em situação de alerta ou risco elevado para SRAG. A Bahia figura entre os estados em nível de atenção, com necessidade de monitoramento constante.
A Fiocruz reforça que a vacinação, aliada a medidas de higiene respiratória, como o uso de máscaras em locais fechados e a higienização das mãos, continua sendo fundamental para conter a disseminação dos vírus e evitar o agravamento dos quadros respiratórios.