Bahia se prepara para aderir ao Sistema Nacional de Economia de Impacto e reforça compromisso com modelo econômico sustentável

A Bahia está prestes a formalizar sua adesão ao Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), iniciativa ligada à Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto), do governo federal. A medida marca um avanço nas políticas públicas voltadas à promoção de um modelo de desenvolvimento que combina inovação, sustentabilidade e inclusão social.

Na última terça-feira (22), representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) se reuniram com técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) da Bahia, em Salvador, para alinhar os últimos detalhes da adesão. O encontro teve como foco a articulação institucional e a regulamentação necessária para que o estado passe a integrar formalmente o Simpacto.

De acordo com o MDIC, a Bahia já atende aos principais critérios exigidos, como a existência de um ecossistema consolidado de mais de 300 empreendedores de impacto, a elaboração de um decreto estadual sobre o tema e o compromisso da SDE em instituir um Comitê Estadual de Economia de Impacto.

“O estado tem avançado significativamente. Essa reunião foi essencial para fechar acordos internos, fortalecer a mobilização da sociedade civil e impulsionar a regulamentação que permitirá a adesão ao Simpacto”, afirmou Hérrisson Dutra, representante do MDIC para a região Nordeste.

Novo modelo de desenvolvimento

Durante a reunião, o diretor de Comércio, Serviços e Oportunidades de Negócio da SDE, José Carlos Oliveira, destacou que a economia de impacto se insere no contexto das chamadas “novas economias”, como a verde, circular, solidária e a de base industrial sustentável.

“É um modelo portador de futuro. Ele rompe com a lógica do lucro pelo lucro e propõe uma forma de desenvolvimento mais equilibrada, resiliente e voltada para o bem viver”, afirmou Oliveira.

O que é a economia de impacto?

A economia de impacto reúne iniciativas e empreendimentos que têm como missão resolver desafios sociais e ambientais, sem abrir mão do retorno financeiro. A proposta abrange desde startups até negócios tradicionais que priorizam a inclusão de comunidades vulneráveis, o uso responsável dos recursos naturais e a regeneração ambiental.

Segundo o MDIC, qualquer empreendedor que desenvolva soluções inovadoras para problemas locais pode integrar o ecossistema, independentemente da natureza jurídica de seu negócio.

Articulação nacional

No mesmo dia, a SDE participou do painel “Economia de Impacto: Construindo caminhos para uma nova economia”, durante o evento Conexão: Economia de Impacto – Bahia, realizado na sede do Sebrae, em Salvador. O encontro reuniu representantes de órgãos públicos, especialistas e integrantes do ecossistema local para debater os desafios e oportunidades do setor.

A atividade também reforçou a conexão da Bahia com o movimento nacional de estruturação do Simpacto, alinhando estratégias estaduais às diretrizes da Enimpacto. A expectativa é que a adesão fortaleça políticas públicas capazes de impulsionar negócios inovadores com impacto positivo, promovendo um sistema econômico mais justo, regenerativo e inclusivo.

Deixe um comentário

Notícias Relacionadas

Redes Sociais

Categorias

Precisa de ajuda?