A Câmara dos Deputados rejeitou, por ampla maioria, o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (25), com 383 votos contrários à medida e apenas 98 favoráveis, em um sinal claro de insatisfação do Congresso com o reajuste proposto pelo Executivo.
Com a decisão da Câmara, o texto segue agora para apreciação do Senado. Caso os senadores também rejeitem o decreto, as alíquotas do IOF retornarão aos níveis anteriores à medida editada pelo governo.
O decreto previa o aumento do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguros e títulos ou valores mobiliários, com o objetivo de elevar a arrecadação federal em meio ao aumento das despesas públicas. No entanto, a proposta enfrentou resistência não apenas da oposição, mas também de parlamentares da base aliada, que criticaram a falta de diálogo com o Legislativo e os possíveis impactos negativos sobre a economia.
A votação representa uma derrota expressiva para o Palácio do Planalto, que já enfrenta pressões crescentes no Congresso em temas relacionados ao controle fiscal e à condução da política econômica.
