Cantor e compositor quilombola Vall Santos lança “Domingo na Roça”, seu primeiro livro infantil, em Salvador

Evento de lançamento será realizado no Ilê Axé Opô Afonjá Bahia no sábado, dia 6 de dezembro, com contação de histórias e sessão de autógrafos  

Salvador, dezembro de 2025 — Depois de lançar dois singles e um EP, o cantor e compositor Vall Santos estreia na literatura infantil com a publicação de “Domingo na Roça”, que será lançado no dia 6 de dezembro (sábado), às 13h30, no tradicional terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador.

O local, que é patrimônio tombado pelo Iphan desde 2000, foi escolhido para este lançamento pela importância do trabalho da instituição em prol da reconexão com a memória afro-brasileira, muito presente também nas composições de Vall, originário da comunidade tradicional quilombola de Lagoa Grande, Feira de Santana. “Domingo na Roça” é um convite para conhecer um pedaço do Brasil muito pouco abordado na literatura: as comunidades quilombolas e o universo das suas crianças. Este passeio pela infância do autor é marcado pelas reflexões poéticas do menino que, um dia, ele foi. Sob este olhar, o protagonista narra o aprendizado de valiosas lições, como a reverência aos mais velhos, a importância da ancestralidade, o poder da imaginação, a relação com a natureza e o significado do bem-viver em família.

“Mesmo sendo especialmente dedicado às crianças, o livro tem valor poético para pessoas de qualquer idade, pois aborda de forma sutil temas primordiais como o convívio em comunidade, a ancestralidade, o cuidado com o meio ambiente e o respeito aos mais velhos. É sobre a importância dos relacionamentos na existência humana, seja consigo próprio ou com a natureza, ou com as diferentes personalidades presentes dentro de um mesmo núcleo social”, afirma Vall.

A obra conta com direção criativa da gestora cultural premiada Aryane Sánchez e com ilustrações de Don Guto, artista de Feira de Santana, assim como Vall Santos. “Tive a responsabilidade de recriar paisagens que não existem mais nos dias de hoje e vivem apenas nas recordações dos que passaram por lá, anos atrás. E quis transmitir também as sensações da curiosidade, leveza e entrega total ao acalanto que só as crianças possuem”, afirma o artista visual.

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