A Bahia tem enfrentado um crescimento expressivo nos casos de hepatite A nos últimos cinco anos. Dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) revelam que o número de infecções passou de 13 registros em 2021 para 65 apenas nos sete primeiros meses de 2025 um aumento de 400%.
O avanço da doença tem atingido, principalmente, pessoas com idade entre 20 e 39 anos. Esse grupo passou a ser o foco das campanhas de vacinação desde 2024, após o Ministério da Saúde identificar surtos ligados ao aumento de práticas sexuais desprotegidas, o que alterou significativamente o perfil epidemiológico da infecção.
Tradicionalmente associada à ingestão de água ou alimentos contaminados e à falta de saneamento básico, a hepatite A tem ganhado uma nova via de transmissão predominante: o contato sexual. O risco tem sido maior entre adultos jovens com múltiplos parceiros e baixa adesão ao uso de preservativos.
A hepatite A é causada por um vírus que afeta o fígado e pode provocar sintomas como febre, mal-estar, náuseas, dor abdominal e, em casos mais graves, insuficiência hepática. Apesar de a maioria dos casos evoluir para a cura, há risco de internações e óbitos, especialmente entre pessoas com outras doenças associadas.
Diante do crescimento dos casos, a Sesab reforça a importância da vacinação, do uso de preservativos e da adoção de hábitos de higiene. A secretaria também intensificou ações de testagem e vigilância ativa como parte da estratégia para conter o avanço da doença no estado.