O governo de Donald Trump entrou em shutdown à meia-noite desta quarta-feira (1º), após o Congresso dos Estados Unidos não conseguir formar maioria para aprovar o orçamento do ano fiscal de 2026. A paralisação afeta diretamente o funcionamento de serviços e departamentos federais, com a dispensa de funcionários públicos e suspensão de pagamentos, o que deve gerar impactos imediatos na economia norte-americana.
Esta não é a primeira vez que Trump enfrenta uma paralisação. Durante seu primeiro mandato, em 2019, o shutdown durou 35 dias e causou prejuízo estimado em US$ 3 bilhões, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso. Agora, novamente, a disputa entre democratas e republicanos travou a aprovação de US$ 1,7 trilhão em gastos discricionários, que financiam o funcionamento de agências e vencem no fim do ano fiscal.
Os efeitos do impasse podem ser sentidos além das fronteiras americanas. No Brasil, economistas apontam que a incerteza deve pressionar o câmbio, com valorização do dólar, além de encarecer o custo de captação de empresas em um cenário de juros globais já elevados.
Segundo o vice-presidente JD Vance, a falta de acordo no Congresso reflete uma crise política que ameaça a estabilidade econômica do país. Democratas e republicanos seguem divididos: enquanto Trump pressiona por cortes e medidas de curto prazo, a oposição resiste e cobra garantias para programas de saúde e subsídios que expiram até o fim do ano.
Foto: Ricardo Stuckert | PR | Reprodução | Redes Sociais