Mães de alunos da Escola Gênesis, localizada no bairro Costa Azul, em Salvador, denunciaram à imprensa que a instituição de ensino tem adotado postura omissa frente a episódios recorrentes de agressões e bullying entre estudantes do ensino fundamental. Segundo os relatos, várias comunicações foram feitas à coordenação ao longo dos meses, mas nenhuma ação efetiva foi percebida pelas famílias. Um dos casos mais contundentes envolve o filho de Beatriz Almeida, que teria sofrido empurrões e provocações desde março deste ano. Segundo ela, as agressões evoluíram para um tapa no rosto motivado por comentários sobre o cabelo da criança. Ao procurar a escola, a mãe conta que ouviu da psicóloga responsável que o filho “precisaria aprender a lidar com as emoções do colega”, algo que a deixou frustrada: “por que ele teria que suportar agressões?”
Outros depoimentos, alguns anônimos, também revelam episódios de bullying coletivo, xingamentos, apelidos ofensivos e até afirmações de cunho racista. Uma mãe relatou que seu filho foi alvo de ataque em sala de aula e, diante da falta de intervenção, ela precisou transferi-lo de turno.
A escola, em nota oficial, afirma manter “compromisso inabalável com a segurança, o bem-estar e a proteção integral dos estudantes”, garantindo que todos os conflitos são tratados de forma mediada, documentada e com acompanhamento pedagógico e psicológico. Entretanto, as mães alegam que essas medidas não se traduziram em melhorias perceptíveis e que já começaram a transferir seus filhos para outras instituições após perderem confiança na eficácia da Gênesis.

