Prefeitura intensifica ações contra a dengue e outras arboviroses em Alagoinhas

Buscando proteger a população e reduzir os riscos de contaminação, a Prefeitura de Alagoinhas intensificou as ações de combate à dengue. Além do trabalho dos agentes de endemias, que aumentaram a frequência das visitas com a aplicação de larvicidas, foi iniciado o uso estratégico da Bomba Costal Motorizada UBV (Ultra Baixo Volume), estão sendo feitos trabalhos de mobilização social, educação em saúde e parcerias intersetoriais.

Para enfrentar esse desafio, a Secretaria de Saúde (Sesau), por meio da Vigilância em Saúde, está realizando ações de combate às arboviroses, como monitoramento e investigação dos casos suspeitos, desenvolvimento de campanhas informativas, liderando o processo para realização de mutirões de limpeza nos bairros, inclusão da temática do Aedes aegypti no currículo escolar, palestras, promoção de colaboração entre as secretarias, coleta de materiais descartados de maneira irregular e construção do projeto de implantação de ecoponto para descarte de pneus.

O reforço também está sendo feito por meio do fumacê. O serviço de borrifação ultra baixo volume (UBV), conhecido como fumacê, é uma aplicação de inseticidas em áreas urbanas para o controle dos mosquitos. Em Alagoinhas, a ação foi iniciada no bairro Jardim Petrolar, como prévia borrifação perifoal de inseticida em automóveis que estavam em más condições de acondicionamento e posteriormente a aplicação de inseticida nas proximidades para controle do mosquito e controle dos casos da doença.

“Essa ação que nós fizemos é o chamado bloqueio de transmissão das arboviroses nas áreas que têm casos suspeitos ou confirmados da doença. Existe a preocupação porque, do primeiro ciclo para o segundo ciclo, houve um aumento do índice de infestação dos imóveis que a gente visitou na zona urbana ou rural”, explica João Luiz de Souza Teixeira, gerente de Endemias, sobre a ação que segue no bairro Cruzeiro dos Montes e no Tombador, na Zona Rural.

A participação da população é essencial no combate ao mosquito e algumas atitudes simples fazem toda a diferença. “A comunidade como um todo precisa ser protagonista, porque existe uma necessidade de os proprietários de imóveis serem conscientes de que são os maiores responsáveis pela prevenção. Fazer a inspeção e encontrar potenciais criadouros pode fazer a diferença. Então, é preciso que a comunidade esteja atenta ao seu papel no combate”, afirma João. Ele destaca ainda que é preciso eliminar recipientes que acumulem água parada em casa; manter piscinas limpas e cobertas quando não estiverem em uso; usar repelentes e roupas que protejam contra picadas.
Dados sobre as arboviroses

Durante os seis primeiros meses de 2025, houve uma queda significativa no número total de casos suspeitos de dengue, em relação aos números de 2024: em 2024 o total de casos de janeiro a julho foi de 1.587, enquanto no mesmo período de 2025, o total foi de 230. Porém, o resumo geral do Indicador de Infestação Predial (IIP) aumentou: 93.200 imóveis foram analisados, sendo, no primeiro ciclo, uma média de 1,43% de infestação desses imóveis. Já no segundo ciclo, esse índice subiu para 2,71%, um aumento de 1,28 pontos percentuais.

Os casos de chikungunya também tiveram uma diminuição notável nos casos mensais, especialmente em março, que registrou 14 casos em 2024 e apenas 1 em 2025. No mês de junho de 2025 houve um leve aumento em relação a 2024, passando de três para cinco casos.

Em relação à zika houve uma redução expressiva no número de casos notificados em Alagoinhas. Em 2024, foi registrado um total de 37 casos de janeiro a julho. Em contraste, no período de 2025, dados disponíveis de abril e maio, mostram que o total acumulado de casos é de apenas 13.

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