As taxas do Tesouro Direto atingiram, em setembro de 2025, o maior patamar desde abril, com o Tesouro IPCA+ 2040 alcançando rentabilidade de IPCA mais 7,28% ao ano, segundo dados do Tesouro Nacional. A disparada observada na abertura do pregão de 1º de setembro reflete um cenário de incerteza fiscal e inflação persistente no Brasil, levando investidores que optaram por resgates antecipados a perdas de até 2% em apenas um dia, devido à marcação a mercado. O aumento das taxas é impulsionado por fatores como déficit fiscal acima do previsto, expectativas de inflação acima da meta de 3%, incertezas políticas e risco de sanções externas, além da maior demanda por títulos com rentabilidade elevada. O Tesouro IPCA+ 2040, um dos títulos mais afetados, registrou alta de 0,15 ponto percentual em relação ao pregão anterior, passando de IPCA + 7,13% para IPCA + 7,28% ao ano, penalizando investidores que resgataram antecipadamente, mas oferecendo oportunidades para novos aportes. Apesar da volatilidade, quem mantém os títulos até o vencimento garante a rentabilidade contratada, protegendo-se contra oscilações e aproveitando a proteção contra a inflação, especialmente em um cenário de déficit primário elevado, estimado em R$ 66,6 bilhões em julho, e Selic mantida em 15% ao ano, com riscos políticos e possíveis sanções internacionais pressionando o mercado.
O Tesouro Direto segue oferecendo opções variadas para diferentes perfis de investidores, como títulos prefixados, pós-fixados, IPCA+, Renda+ e Educa+, com aportes mínimos acessíveis a partir de R$ 1,66. Estrategicamente, especialistas recomendam diversificação entre títulos de curto e longo prazo, evitando resgates antecipados em papéis indexados à inflação e priorizando liquidez em títulos como o Tesouro Selic. Além disso, o mercado de renda fixa oferece alternativas como CDBs, LCIs, LCAs e debêntures incentivadas, mas o Tesouro Direto mantém-se como uma das opções mais seguras, garantida pelo governo federal. Em meio a taxas recordes, inflação persistente e déficit público elevado, acompanhar indicadores econômicos, manter carteira diversificada e alinhar investimentos ao horizonte financeiro individual são passos essenciais para aproveitar as oportunidades de retorno real proporcionadas pelos títulos do Tesouro Direto em 2025.