Os trabalhadores da construção pesada e de montagem industrial da Bahia deflagraram, nesta quarta-feira (11), uma greve geral por tempo indeterminado. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav-BA), atinge todos os canteiros de obras no estado.
De acordo com o sindicato, mais de 22 mil trabalhadores aderiram à paralisação, que impacta diretamente projetos estratégicos para o desenvolvimento da Bahia. Estão entre as obras afetadas empreendimentos de infraestrutura, rodovias, ferrovias, saneamento, energia e grandes projetos industriais juntos, somando mais de R$ 25 bilhões em investimentos públicos e privados.
A greve é motivada por impasses nas negociações da campanha salarial da categoria. O Sintepav-BA reivindica reajuste salarial acima da inflação, aumento no valor da cesta básica, além de melhorias nas condições de trabalho, segurança e transporte nos canteiros.
A paralisação tem gerado preocupação no setor empresarial e no governo estadual, em razão do risco de atraso em projetos considerados essenciais para a economia baiana. Ainda assim, o sindicato afirma que manterá a greve até que haja avanço nas negociações.
“A paralisação nas obras é resultado da intransigência patronal frente às justas reivindicações da categoria. Quando a negociação não avança, a greve é o caminho legítimo da classe trabalhadora. Os trabalhadores seguem unidos, organizados e determinados a conquistar avanços reais. Só com mobilização e união construiremos um futuro mais justo para todos e todas”, diz o Sintepav-BA, em nota.
