O ex-presidente dos Estados Unidos e atual pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A taxa é a mais alta entre as novas tarifas já divulgadas até o momento como parte de uma estratégia de pressão comercial adotada por Trump.
A medida integra um pacote de ações voltadas a renegociar acordos bilaterais e unilaterais. Desde a última segunda-feira (7), o republicano iniciou o envio de cartas oficiais a diversos países, informando que, a partir de 1º de agosto, novas tarifas entrarão em vigor caso não haja acordo comercial firmado com os Estados Unidos.
No primeiro dia de notificações, 14 países receberam os comunicados. Nesta quarta-feira, outros oito foram incluídos na lista, entre eles o Brasil, além de Argélia, Brunei, Filipinas, Iraque, Líbia, Moldávia e Sri Lanka.
Medida pressiona negociações
A imposição da tarifa ocorre em meio à tentativa de Trump de endurecer a postura dos EUA em relação ao comércio exterior, uma de suas marcas políticas. A nova taxação sobre produtos brasileiros visa, segundo analistas, forçar o país a revisar seus termos comerciais com os norte-americanos, especialmente no setor agrícola e industrial.
Embora ainda não haja detalhamento sobre quais produtos serão diretamente afetados pela tarifa de 50%, a medida já provoca preocupação em setores da economia brasileira, que têm os Estados Unidos como um dos principais destinos de exportação.
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova tarifa, mas fontes diplomáticas indicam que o Ministério das Relações Exteriores avalia o impacto da medida e considera abrir diálogo com representantes norte-americanos nos próximos dias.
