O custo da cesta básica em Salvador caiu para R$ 628,97 no mês de maio, conforme levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor representa o total necessário para a alimentação mensal de um adulto, com base em itens considerados essenciais. A capital baiana manteve-se como a segunda cidade com a cesta mais barata entre as 17 capitais analisadas, ficando atrás apenas de Aracaju, onde o conjunto de alimentos foi estimado em R$ 579,54.
No comparativo entre abril e maio, 15 das 17 capitais registraram queda no preço da cesta básica. Apenas Florianópolis (com alta de 0,09%) e Belém (0,02%) apresentaram aumento no período. Salvador seguiu a tendência nacional de redução.
O levantamento também mostrou que, diante da cesta básica mais cara do país a de São Paulo, que chegou a R$ 896,15 , o salário mínimo necessário para cobrir despesas básicas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.528,56. O valor corresponde a 4,96 vezes o salário mínimo em vigor, atualmente fixado em R$ 1.518,00.
Entre os produtos que contribuíram para a queda no custo da cesta, destacam-se o arroz agulhinha, que teve redução de preços em todas as capitais devido ao aumento da oferta e à queda na demanda; o tomate, beneficiado pela colheita da safra de inverno; e o óleo de soja, que ficou mais barato em 13 capitais, incluindo Salvador, graças à boa disponibilidade da matéria-prima. Apesar disso, o óleo ainda acumula alta no período de 12 meses em todas as cidades pesquisadas.
Por outro lado, alguns itens registraram alta no mês. A carne bovina de primeira teve aumento em 14 das 17 capitais, enquanto o café em pó subiu em 16 cidades, tornando-se um dos alimentos com maior disseminação de alta no período. Também houve elevação no preço do pão francês, com aumento registrado em 11 capitais, além da batata-inglesa, que figurou entre os produtos com maior variação positiva no mês.